3 de dez. de 2009

Para vocês


PRECISA-SE DE UM AMIGO

Não precisa ser homem, basta ser humano, ter sentimentos.

Não é preciso que seja de primeira mão, nem imprescindível, que seja de segunda mão.

Não é preciso que seja puro, ou todo impuro, mas não deve ser vulgar.

Pode já ter sido enganado ( todos os amigos são enganados).

Deve sentir pena das pessoas tristes e compreender o imenso vazio dos solitários.

Deve gostar de crianças e lastimar aquelas que não puderam nascer.

Deve amar o próximo e respeitar a dor que todos levam consigo.

Tem que gostar de poesia, dos pássaros, do por do sol e do canto dos ventos.

E seu principal objetivo de ser o de ser amigo.

Precisa-se de um amigo que faça a vida valer a pena, não porque a vida é bela, mas por já se ter um amigo.

Precisa-se de um amigo que nos bata no ombro, sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo.

Precisa-se de um amigo para ter-se a consciência de que ainda se vive.


(CDA)


Band-aid


A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos,na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.


A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.

(CDA)

Régua


Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.


Se os olhares se cruzarem e, neste momento,houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.

Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.

Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.

Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.

(CDA)

Becky bloom!

Querido Papai Noel,

esse ano fui muito boazinha, estudioda, paciente, amiga, e tudinho mais!
Acho que mereço meus presentes de Natal! Aí está minha pequena listinha (ainda em construção - hahahahah)

Lista de natal:

- Casaco boyfriend Farm
- Vestidos look book farm ano novo:
* Branco com renda
* Casaquinho branco com o vestido
- FITCORPUS
- Mini vestido mexicano: verde, azul marinho e amarelo (são essas as cores que mais gosto) - http://www.ummundodecoisas.com/
- Perfume: Marc Jacobs Daisy In Bloom
- Relógio: eu estou querendo muito um relógio prateado com dourado. A Rolex tem um modelo perfeito! Mas como Rolex no momento não está na minha moda ($) pode ser um Michael Kors dourado ou um Swatch
- Laptop
- Tênis com glitter da Osklen
- Tênis florido Farm

19 de nov. de 2009

Unilateral

"Odeio suas enormes botas de combate
E como consegue ler minha mente
Eu odeio tanto isso em você
Que até me sinto doente
Odeio como está sempre certo
E odeio quando você mente
Odeio quando me faz rir muito
Mais quando me faz chorar...
Odeio quando não está por perto
E o fato de não me ligar
Mas eu odeio principalmente
Não conseguir te odiar
Nem um pouco
Nem mesmo por um segundo
Nem mesmo só por te odiar"

5 de nov. de 2009

Il était une fois...Gabi


Uma garotinha é deixada junto com a irmã num orfanato no coração da França, e todos os domingos ela espera, em vão, que o pai volte para buscá-la…
Uma artista de cabaré com voz fraca que canta para uma plateia de soldados bêbados…
Uma humilde costureira que conserta bainhas nos fundos de uma alfaiataria de cidade pequena… Uma cortesã jovem e magricela, a quem seu protetor, Etienne Balsan, oferece um refúgio seguro, em meio a um ambiente de decadência…
Uma mulher apaixonada que sabe que nunca será a esposa de ninguém, recusando-se a casar até mesmo com Boy Capel, o homem que retribuiu seu amor…
Uma rebelde que considera as convenções de sua época opressoras e prefere usar as roupas dos homens com quem se envolve…
Esta é a história de Gabrielle “Coco” Chanel, que começa a vida como uma órfã teimosa, e, ao longo de uma jornada extraordinária, se torna a lendária estilista de alta-costura que personificou a mulher moderna e se tornou um símbolo atemporal de sucesso, liberdade e estilo.

4 de nov. de 2009

Classificados

Esse poema de Drummond eu já tinha lido e no dia da entrevista do William Bonner na Marília Gabriela ele também comentou sobre sua beleza.

O amor é algo indescritível. Não podemos explicá-lo e nem medí-lo.

A beleza do amor que sentimos pela vida, pelos nossos filhos, pelas nossas realizações, metas alcançadas...são tantas coisas.

Basta sentí-lo e anunciá-lo!

Luz

Quero

Quero que todos os dias do ano
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.

Ouvindo-te dizer: Eu te amo,
creio, no momento, que sou amado.
No momento anterior
e no seguinte,
como sabê-lo?

Quero que me repitas até a exaustão
que me amas que me amas que me amas.
Do contrário evapora-se a amação
pois ao não dizer: Eu te amo,
desmentes
apagas
teu amor por mim.

Exijo de ti o perene comunicado.
Não exijo senão isto,
isto sempre, isto cada vez mais.
Quero ser amado por e em tua palavra
nem sei de outra maneira a não ser esta
de reconhecer o dom amoroso,
a perfeita maneira de saber-se amado:
amor na raiz da palavra
e na sua emissão,
amor
saltando da língua nacional,
amor
feito som
vibração espacial.

No momento em que não me dizes:
Eu te amo,
inexoravelmente sei
que deixaste de amar-me,
que nunca me amastes antes.

Se não me disseres urgente repetido
Eu te amoamoamoamoamo,
verdade fulminante que acabas de desentranhar,
eu me precipito no caos,
essa coleção de objetos de não-amor.

(Carlos Drummond de Andrade)


25 de set. de 2009

Atualizando :)

Mais uma coisinha pra minha B-day wishlist

Alguma peça da coleção My Collection da H. Stern

Dica: o anel Love e a pulseira de laços ou o colar

:)

3 de set. de 2009

Voltei

Voltar é o melhor que pude fazer.
Eu voltei
Voltei para ficar!

Gráfico

Enquanto muitas coisas estão cruzando pra dar compra, outras não seguem o mesmo caminho.
Mas como diz a música:
Levanta, sacode a poeira
E dá a volta por cima
Reconhece a queda
E não desanima
Levanta, sacode a poeira
E dá a volta por cima

25 de ago. de 2009

Encaixe

Sei que a maioria das pessoas não ligam para a maioria dos e-mails que recebem. Se é que leem.
Tento olhar tudo que está acontecendo pelo melhor ângulo. Não vou me deixar abater por qualquer coisa. Melhor ainda: por quase nada.

Hoje recebi um e-mail com o seguinte texto:

Tem sempre presente que a pele se enruga, o cabeloembranquece, os dias convertem-se em anos...
Mas o que é mais importante não muda;
A tua força e convicção não tem idade.
O teu espiríto é como qualquer teia de aranha.
Atrás de cada linha de chegada, há uma de partida.
Atrás de cada conquista, vem um novo desafio.
Enquanto estiveres viva, sente-te viva.
Se sentes saudades do que fazias, volta a fazê-lo.
Não vivas de fotografias amarelecidas...
Continua, quando todos esperam que desistas.
Não deixes que enferruje o ferro que existe em ti.
Faz com que em vez de pena, te tenham respeito.
Quando não conseguires correr através dos anos,
Trota.
Quando não consiguires trotar, caminha.
Quando não conseguires caminhar, usa uma bengala.
Mas nunca te detenhas!
(Madre Teresa de Calcutá)

Preciso dizer mais alguma coisa?

20 de mai. de 2009

Escuridão

Apesar do Medo

Vivemos com tantas preocupacões – da gordura trans, de perder o emprego, de estranhos, da crise mundial –, a tal ponto que dizem que vivemos numa Era dos Temores. Não precisa ser assim. Podemos aprender a lidar com nossos medos. Não é fácil, mas é bem possível

Faz cinco noites que não durmo. Ou durmo assim meio sem dormir, sono interrompido, olhos abertos às 4 da manhã. Tenho sentido a cabeça muito cheia de coisas, perturbada por uma sucessão de histórias do passado e sonhos para o futuro que mudam de lugar como num caleidoscópio. Meu estômago queima, mas não sinto fome, meu pescoço dói sem qualquer movimento. Sinto falta de energia, como se nas minhas veias corresse uma mistura de água com açúcar. Tudo isso porque vou mudar. De cidade, de trabalho, de contexto. Deixar para trás rostos conhecidos, abraços garantidos, portas para bater. Estou com medo do que me espera e do que não me espera também. De ir e querer voltar, de partir e não chegar, de tentar e não conseguir.

Medo todo mundo tem. Porque o medo é um sentimento natural de quem está vivo e tem a função de alerta, de avisar o organismo de um perigo ou ameaça e provocar reações de proteção. O problema é que, diferentemente dos animais, temos a consciência de que um dia iremos morrer.

Do medo da morte derivam muitos medos que nos acompanham desde sempre e os que habitam nossa alma nos dias de hoje. Há quem diga que a nossa é a Era dos Temores. Temos medo de tudo: do cigarro, da gordura trans, do aquecimento global. Das notícias ruins, de falar com um estranho, da crise mundial. De ser assaltado, de perder o emprego e até mesmo de ser feliz. Como seria impossível escrever sobre todos os medos, escolhemos olhar mais de perto aqueles que são alimentados pelas inseguranças e ansiedades contemporâneas. Não vamos falar aqui de medo de barata, de elevador ou de avião. Nem dos eternos medos da velhice e da solidão. Talvez você tenha outros medos, assim como eu. Mas para todos eles o remédio é um só: enfrentar e aprender que o importante não é deixar de ter medo, mas sim tocar a vida apesar dos medos.

Medo do fracasso
Se hoje um dos nossos maiores medos é o de fracassar, é porque uma das nossas maiores buscas é o sucesso. Passamos a vida determinados a conquistar coisas, pessoas e posições que nos levem ao sucesso, ligado, na nossa sociedade, à idéia de felicidade e de realização. O problema é que hoje, para ser bem-sucedido, é preciso superar níveis de exigência sempre mais altos. O mundo nos cobra competência, eficiência, excelência. E um espírito competidor: todos são seus concorrentes quando disputam um lugar ao sol com você. Quer uma vaga num concurso público? Então prepare-se para ser o melhor e deixar para trás milhares de outros candidatos. Seu sonho é trabalhar numa organização internacional? Pois trate de ter no currículo fluência em inglês, francês, árabe e mandarim e ainda um título de mestre e outro de doutor. “Nossa cultura doutrinou-se com a idéia de que nosso sucesso ou nosso fracasso está em nossas próprias mãos. O efeito dessa postura é carregar a pessoa com o equivalente moderno da culpa: o medo do fracasso”, escreve o criador da análise bioenergética, Alexander Lowen, no livro Medo da Vida.

E essa parece ser a fórmula perfeita para muita gente entrar em parafuso. No capítulo “A sabedoria do fracasso”, Lowen afirma que nossa determinação em atingir recordes acaba sempre em colapso. Ficamos cansados por causa do esforço contínuo para alcançar objetivos inatingíveis e ficamos deprimidos porque fracassamos. Calma: você não precisa achar que é um ser inferior só porque tem medo de não conseguir. Com toda essa pressão e com as coisas no mundo postas desse jeito, é normal sentir medo porque não existe mesmo lugar para todos. Para o psiquiatra Flávio Gikovate, esse medo sociológico do fracasso é justificável. “Já o medo psicológico é quando a pessoa tem pouca tolerância à frustração e às adversidades; quando o medo de fracassar impede a ação, paralisa. A pessoa não arrisca. Quem tem medo do fracasso, medo de se frustrar, tem é medo de sofrer. E esse medo tem que ser enfrentado, porque quem não tenta, quem não experimenta, já fracassou.”

Medo dos outros
Resolvi pegar um táxi para conversar com um motorista sobre o medo dos outros. Como pode alguém abrir, toda noite, seu carro para um desconhecido numa cidade como São Paulo? Encontrei alguém com mais medo de se jogar no mundo que de abrir as portas do táxi. Lau Gasparotto é um taxista de 45 anos que não tem medo de passageiro e sim medo de casar. Em 12 anos de profissão nunca foi assaltado, ao contrário dos muitos colegas que já perderam a conta das vezes que sentiram uma arma encostada na cabeça. Para diminuir os riscos, Lau começou a trabalhar com o radiotáxi, porque tem ao menos uma referência do passageiro que vai transportar. E para diminuir os riscos de sofrer de amor? Lau decidiu que não vai mais casar.

“Eu já fui casado, tenho duas filhas, mas separei. Não quero casar por puro medo: medo de essa nova pessoa não se adaptar a minha vida, medo de ela atrapalhar a relação com minhas filhas.” O taxista, que lamenta ter deixado o curso de psicologia pela metade, diz que hoje tem mais receio de casar que de ficar sozinho. “Eu vou logo avisando que comigo não tem compromisso. Aviso para a outra pessoa e para mim mesmo.”

Quem tem medo pensa em muros. Não importa se de concreto, para proteger nossas moradas, ou invisíveis, uma barreira entre nós e os outros. Com medo da violência abandonamos as ruas e procuramos abrigo em condomínios, apartamentos, shopping centers, carros blindados. Com medo do que o outro possa fazer, adotamos uma postura autodefensiva, desconfiamos antes de confiar, andamos para trás em vez de tentar. Para Flávio Gikovate, é normal sentir medo dos outros nos dias de hoje, apesar de esse ser um medo que existe há muito tempo. Mas se lá no passado a divisão entre amigos e inimigos era mais definida, feita por critérios como raça, religião e pátria, hoje a confiabilidade depende da percepção que temos do caráter das pessoas. “Se antes confiávamos nas pessoas até que se provasse o contrário, hoje desconfiamos sempre. E com razão. As relações de amizade estão muito complicadas, é difícil separar o que é amizade do que é interesse”, diz Gikovate.

Mas o que fazer então: evitar as calçadas e os encontros? Fechar as portas do coração? Bem, quem já se queimou ao colocar a mão no fogo evita chegar perto de um fogão de novo. Não tem jeito, as experiências passadas estruturam nosso comportamento para garantir a sobrevivência. Quem não consegue estabelecer relacionamentos com ninguém, porque sente medo da rejeição, na verdade queria muito estar com os outros, mas se afasta quando alguém se aproxima. E precisa de ajuda.

Para aqueles que acham que seus temores andam crescendo quase a ponto de paralisar, é preciso desenvolver a coragem, essa força racional capaz de ultrapassar o medo. “Mas não vencê-lo”, lembra Gikovate. “A gente não vai sem medo, a gente vai apesar do medo.”

Medo de crescer
Às vezes a gente tem medo até daquilo que mais quer. A engenheira Bianca Ranzi passou por isso quando marcou a data do casamento, em 2004. Foi instantâneo: dia marcado, pânico instalado. “O mais absurdo é que a gente já morava junto, ou seja, já estávamos casados e estava tudo bem. Mas marcar o casamento me deu a impressão de que a partir dali seria vida de gente grande.” Nas duas semanas seguintes, a coisa ficou preta. “Fiquei super fria, acordava no meio da noite e olhava para ele pensando: será que é isso mesmo que eu quero? Passar o resto da minha vida com essa pessoa?” Até que não deu mais. Bianca chamou o quase marido para conversar e abriu o jogo. Enquanto dizia que estava com medo e não sabia se era aquilo mesmo que queria, ele escutava quieto. Quando ela acabou de falar, ele começou a rir. “Ele foi maior que o meu medo, confiou em mim, em nós e em tudo que já tínhamos vivido. Isso me fez cair na real, percebi que o verdadeiro casamento a gente já estava vivendo e que eu estava muito feliz.”

O que aconteceu a Bianca não é caso raro. O medo de crescer parece ser um mal difuso entre nós. Pense em si e em alguns amigos. Quantas vezes vocês não amarelaram na hora de definir uma situação, não deram um passo para trás no momento de dar aquele passo à frente? Como se fosse possível ir adiando a hora de se responsabilizar de verdade por aquilo que nos acontece, pelas escolhas que fazemos na vida. A gente quer porque quer casar, mas fica morrendo de medo dos compromissos que vêm com o casamento; queremos ter aquele emprego, mas não suportamos a parte ruim que vem junto com ele. Quando esse vai-não-vai fica sério, ganha até um nome: síndrome de Peter Pan. Adultos que sofrem desse mal se recusam a crescer, insistem em viver na Terra do Nunca e querem levar a vida simplesmente numa boa, sem encarar os problemas e as responsabilidades.

Para Cristina Martinez Werner, psicóloga e presidente da Associação de Terapia de Família do Rio de Janeiro, o medo de crescer poderia diminuir se a gente não pulasse uma etapa do ciclo da vida. “Morar sozinho é o período de crescer, um período de autoconhecimento importantíssimo para a pessoa se descobrir, saber quem é, aprender a ter responsabilidade. E na maioria das vezes nós riscamos essa fase, saímos da asa de proteção dos pais para ir morar junto com alguém.” A psicóloga lembra que cada fase da vida tem seus medos específicos e crescer não é diferente, já que, antes de mais nada, é uma mudança. “Mas o medo deve servir de dínamo, de motor para enfrentar os desafios e superar as dificuldades. Ele não pode impedir suas ações”, lembra a psicóloga.

Medo de mudança
Como se explica o medo do novo numa sociedade que cultua as novidades? Por que tanta gente reluta em mudar mesmo quando tudo está dando errado. “Medo de mudança é um medo saudável, faz parte da vida. A pessoa parte de uma situação conhecida, que domina, para uma situação nova, desconhecida. Parte da segurança para a insegurança, e aí pinta a angústia e o medo”, diz a psicóloga Cristina Werner. E para esse tipo de medo Cristina receita o melhor dos remédios: “Só com o tempo a pessoa vai se adaptar. O que é novo hoje não vai ser mais daqui a um mês”. Viu? Só mudando para o medo passar.

Mas, se com o tempo tudo se resolve, por que não mudar de cidade, de estado civil, de corte de cabelo? Por que não correr o risco de largar o emprego para correr atrás do sonho? Porque, mesmo que o mundo lá fora seja incerto e instável, as pessoas ainda buscam estabilidade, certezas e definições. As pessoas não querem mudar porque se acomodam.

“A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar- se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.” Depois de ler as palavras da escritora Marina Colasanti, tiradas do livro Eu Sei, mas não Devia, procure refletir: você tem mais medo de mudar ou de se acostumar?

Medo do futuro
O que é o futuro? Um lugar que não existe. “O futuro você pode pintar de colorido ou de preto. Pode ser atraente ou pode apavorar”, diz Gikovate. Mas como caminhar rumo ao desconhecido? Como olhar para o mundo e não ter medo do que pode acontecer? Será que vou estar empregada no mês que vem? Será que vamos ter filhos juntos? É difícil viver sem saber do amanhã. A gente tenta de todo jeito controlar o incontrolável, administrar o inadministrável: há quem planeje passo a passo o próprio futuro, há quem procure os serviços de adivinhos e tarólogos para dar uma espiadinha no que está por vir. Porque é a incerteza que nos dá medo.

“Não existe medo sem incerteza: se tivermos a certeza absoluta de um mal futuro, já não se trata mais de medo, mas de desespero. Ora, a idéia da morte tem isso de particular, que é misturar uma certeza absoluta com uma incerteza também absoluta. É totalmente seguro que um dia morrerei, e absolutamente incerto quando (e onde? e como?)”, diz Francis Wolff, que participa do livro Ensaios sobre o Medo.

Bem, certezas o futuro nunca vai nos dar. Por isso talvez ajude um pouco de filosofia. Em Aprender a Viver, o filósofo francês Luc Ferry lembra que “os filósofos gregos pensavam no passado e no futuro como dois males que pesam sobre a vida humana, dois centros de todas as angústias que vêm estragar a única e exclusiva dimensão da existência que vale a pena ser vivida, simplesmente porque é a única real: a do instante presente”.

Para enfrentar meus medos do futuro, aqueles que contei no início desta matéria, e fazer a mudança que minha vida realmente pedia, usei a incrível força da esperança. Se vou ficar ou voltar, conseguir ou fracassar, hoje não importa. Eu acredito para poder seguir em frente. Se amanhã não der certo, paciência. Depois de amanhã pode dar.

5 de mai. de 2009

Algum tempo depois...

I´m back!